Um estudo realizado pela Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, descobriu que pessoas com qualidade do sono ruim tem mais chances de desenvolver o Mal de Alzheimer.
De acordo com os pesquisadores, o sono interrompido ou a falta de sono podem levar ao acúmulo de placa amiloide no fluido espinhal, um dos principais marcadores biológicos da doença. Isso acontece porque o sistema de depuração do cérebro entra em ação durante o sono.
Outra pesquisa, realizada pela Universidade de Washington, relacionou o acúmulo da placa amiloide - e posterior criação de emaranhados de proteína tau - com a diminuição da atividade das ondas lentas no cérebro dos pacientes.
“O resultado-chave não foi a quantidade total de sono associada à tau, mas a atividade das ondas lentas, que reflete a qualidade do sono. As pessoas com essa proteína aumentada estavam realmente dormindo mais à noite e cochilando mais durante o dia, mas não estavam tendo sono de boa qualidade”, disse Brendan Lucey, professor de neurologia e diretor do Centro de Medicina do Sono da universidade americana.
O presidente da regional DF da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz-DF), Otávio Castello, conta que o sono de qualidade está entre as recomendações da prevenção e do tratamento da doença de Alzheimer e afirma que o estudo da Universidade de Washington corrobora o raciocínio de que pessoas com apneia grave não tratada estão em risco maior para a doença de Alzheimer. “ Já sabemos de pessoas que têm apneia grave e que estão desenvolvendo demência com mais facilidade.”
O geriatra alerta que a apneia do sono, que acomete 15% da nossa população, “é uma epidemia mundial, que precisa ser combatida com urgência”.
Ronco, cansaço durante o dia e sensação de sono não reparador são os principais sintomas da Apneia Obstrutiva do Sono. Um otorrinolaringologista pode avaliar as vias aéreas superiores do paciente e o seu padrão respiratório durante o sono e determinar o tipo de tratamento mais adequado para o caso.
Fontes: Correio Braziliense e Revista Veja
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